E eu aqui reclamando da vida...

Uma paixão absurdamente maluca não orrespondida, meia dúzia de professores pé no saco, uma análise de risco que parece nunca acabar...

E o Tonho, a Cristiane e a Renata mal enterraram a mãe e foram direto pro enterro do avô.
Caralho, isso deveria ser proibido, não deveriam poder acontecer coisas desse tipo.
Mortes em geral me deixam meio mexida, penso muito nos que ficaram e, nesse caso, penso muuuito mesmo.
Ficou todo mundo assim, meio chocado. Principalmente porque a Nilda tava bem, eu vi ela no hospital esperando o Pedrinho nascer.
O tio Antônio, vá lah, precisava mesmo descansar, estava merecendo isso.
Mas, pôrra... Perder mãe e avô praticamente ao mesmo tempo...
Golpe do destino? Não paulada dele...

E eu aqui reclamando da vida...

Amigo é Casa

Amigo é feito casa que se faz aos poucos
e com paciência pra durar pra sempre
Mas é preciso ter muito tijolo e terra
preparar reboco, construir tramelas
Usar a sapiência de um João-de-barro
que constrói com arte a sua residência
há que o alicerce seja muito resistente
que às chuvas e aos ventos possa então a proteger
E há que fincar muito jequitibá
e vigas de jatobá
e adubar o jardim e plantar muita flor toiceiras de resedás
não falte um caramanchão pros tempos idos lembrar
que os cabelos brancos vão surgindo
Que nem mato na roceira
que mal dá pra capinar
e há que ver os pés de manacá
cheínhos de sabiás
sabendo que os rouxinóis vão trazer arrebóis
choro de imaginar!
pra festa da cumieira não faltem os violões!
muito milho ardendo na fogueira
e quentão farto em gengibre
aquecendo os corações
A casa é amizade construída aos poucos
e que a gente quer com beira e tribeira
Com gelosia feita de matéria rara
e altas platibandas, com portão bem largo
que é pra se entrar sorrindo
nas horas incertas
sem fazer alarde, sem causar transtorno
Amigo que é amigo quando quer estar presente
faz-se quase transparente sem deixar-se perceber
Amigo é pra ficar, se chegar, se achegar,
se abraçar, se beijar, se louvar, bendizer
Amigo a gente acolhe, recolhe e agasalha
e oferece lugar pra dormir e comer
Amigo que é amigo não puxa tapete
oferece pra gente o melhor que tem e o que nem tem
quando não tem, finge que tem,
faz o que pode e o seu coração reparte que nem pão.

Um Feliz Dia do Amigo a todos...

Em especial à Tia Bety, minha mãe, por razões óbvias... Sheila pelas incontáveis horas de fofocas e comilança, às Maris: Mari-Maríndia, minha mana por opção e de outras vidas, provavelmente, Mari-Mariana... minha personal confident nos conturbados últimos 11 meses, afinal só ela mesmo pra me ouvir sem querer me esganar...como se diz "a friend in need is a friend in deed" ... Keila, minha irmã e exemplo, quando crescer quero ser igual a ela... Xandynho, meu primo-amigo-irmão, Ricky, primo-amigo-irmão-afilhado... Paulo, colega e grande amigo, Tavinho, o coração mais puro que eu já conheci...

E a tanto outros que me acompanharam até aqui, que ficaram pelo caminho, que eu deixei pelo caminho...

Ia faltar espaço no twitter...

PRIMEIRO: Caramba, foi horrivel mesmo a cena que eu vi ontem naquele hospital, não desejo pra ninguém ter que presenciar uma coisa daquelas. Aquela imagem não sai da minha cabeça...
Agora, eu acho que é muito egoísmo querer que ele fique por aqui por muito tempo, com a gente, ao nosso lado, mas sofrendo, sofrendo muito, muito mesmo, eu vi. Ou então com todas aquelas sequelas já esperadas...
Não é morbidez, eu juro, é bom senso...

SEGUNDO: Uma vez a Letícia me disse: se não tem solução, então não há problema... Não desejo que sejam felizes, não sou hipócrita, mas se ele quer assim, foi a escolha dele,o que mais eu posso fazer, agora eu é que vou procurar alguém pra mim... (Tomara que não demore pra encontrar, eu tô tão carente...)

TERCEIRO: O Barboza que se f*, tah lah o mapa, se gostar gostou, se não gostar, paciência... e vê se agora ele para de torrar a minha paciência!!!! Decreto que estou oficialmente de férias da UFRGS, do mapeamento, da Fátima...

Não, definitivamente não...

Fui xingada pela segunda vez essa semana...
E pela mesma razão...
"Tens que ser mais firme..."
"Não dá moleza pra eles..."
"Tem que dedurar mesmo..."

Com certeza não nasci pra ser uma líder, sequer coordenadora de mapa...
Não sou muito boa pra essas coisas...
Impor decisões, ir de encontro a pessoas, idéias, não é comigo...
Sei lah, medo de magoar, de perder...

Eu sei que se eu um dia tivesse aprendido a dizer "não! eu não quero; eu não posso; não é bom pra mim; definitivamente não!" eu não tava aqui assim nessa mistura de angústia e arrependimento que me consomem toda a vez...

Largando o livro no meio...

A Mari (Mari, Mariana hehehe) com mais de uma de suas postagens profundas, me encorajou a passar novamente por aqui...

E hoje é um dia bom pra fazer isso, hoje é o dia em que fazem dois meses do começo do fim...

Só depois de uma rasteira é que eu me dei conta... faltava respeito, consideração, CUMPLICIDADE...

E por isso eu agora largo o livro no meio...

Não por fraqueza, ou qualquer coisa do gênero, mas porque eu descobri que a principal pessoa a me faltar com respeito, consideração, cumplicidade fui eu mesma, sem sequer perceber. Com essa mania de que um dia ia ser diferente, de que tudo podia mudar, de que bem no fundo eu era querida, desejada, quem sabe amada (nossa, muito no fundo, e olhe lá).

É claro que às vezes eu penso: mas, e se justamente na próxima página fosse começar a ficar interessante?

Não! A verdade é que um bom livro já deve começar bom, nos envolvendo, instigando, nos encorajando a ler até o fim. Se ele não desperta essas sensações logo no início, ou pelo menos na metade, dificilmente despertará ao final...

Larguei o livro no meio porque finalmente percebi que independentemente do que eu faça, diga ou deixe de fazer, jamais poderia ter um "Felizes Para Sempre" no final